Gargas Tropical

quinta-feira, agosto 31, 2006

Image and video hosting by TinyPic

terça-feira, agosto 29, 2006

Terra escura

Desapareceu,
o verde do meu jardim. Assim de surpresa colocado em montes inteiros, aguardando um adeus definitivo dado por quem os cortou.
Explicar o que aconteceu? Não sei...
Mãos outras passaram por aqui. hoje.
Limparam.
Quem o pediu?

A terra exposta agora. Castanha, tão vazia e escura. Imagem bela de vazio aguardando novos crescimentos.
Surpresa imensa, logo ultrapassada pelo medo.
E as plantas? as que no Domingo passei dos vasos para o solo?

Sim :) Permanecem. Sós agora, rodeadas de nada.
Curvando a casa, uma goiabeira solitária, algumas flores roxas no canto.

Não sei quem o fez.
Está bonito.
Mas não gostei...

Estranho chegar e não conhecer. No lugar apenas as plantas intocadas que coloquei no Domingo.
Como as terão percebido? Ali, no meio das heras?...

Terra nova.
Colocada por quem?
Que irá nela crescer?

Nova vida no jardim brotando agora mesmo, mar de folhas crescendo, cobrindo tudo ao som das chuvas.
Verde de novo.
Em breve :)

sábado, agosto 05, 2006

"Vizinhos Ladrões"

A levarem-me as goiabas...

Image and video hosting by TinyPic


quarta-feira, agosto 02, 2006

TRINIDAD III

Há tanta coisa para dizer, silenciar, ouvir e aprender a ver. Daí que a vinda ao blog seja complicada. Mais uma vez o meu filho tem sido incansável. É bem certo que quase sempre almoça em casa e raramente jantamos fora. Mas... por vezes acontece. Haja em vista o fim-de-semana passado e que alguns de vocês já reclamam para saber como foi.

Na sexta feira à noite fomos ao estádio. Iniciavam-se as comemorações da libertação dos escravos. Havia bandas (pan) e artistas. Gente vestida com fatos tradicionais. Mas o dia da comemoração era na terça-feira, dia 1 de Agosto.


Sábado:

O dia em Port of Spain não prometia, portanto partimos logo para Grande Riviere no intuito de apanhar praia e à noite ou de manhãzinha, termos a possibilidade de ver as tartarugas (nesta altura do ano já rareiam).

A auto-estrada tem semáforos. As filas são enormes. Conclusão: 1 hora para a auto-estrada. Saídos desta andamos muito tempo às curvas e mais curvas pela serra, passamos por aldeias com nomes engraçados (só para exemplificar – Rampanalgas), e a chuva sem parar. Chegamos. O hotel, em cima da praia, com um quarto e casa de banho engraçadíssimos.

Image and video hosting by TinyPic

A chuva de quando em onde parava, mas sem grandes oportunidades de passeio. Estava FRESCO!!!! Mas passeava-se pela praia em fato de banho ou calções, com ou sem guarda chuva. Caminhando sozinha vi uma pequena tartaruga que procurava o mar – apenas uma. A certa altura, depois de termos comido o farnel que levávamos (a Céu talvez seja a que me entende melhor – sim, com pastéis de bacalhau), vimos um magote de gente. Aproximámo-nos: um ninho de tartarugas a furarem a areia e a “nadarem” para o mar. Perto de 50 e tais. Passado mais algum tempo novamente uma situação idêntica.

Image and video hosting by TinyPic

Jantámos no restaurante do hotel – ao ar livre e em cima da praia. Informaram-nos que só deveriam vir uma ou duas tartarugas desovar. Já não era o tempo delas e nem sabiam dizer a que horas. Entretanto as autorizações compradas e a praia vedada. Esperámos muito tempo. Então dissemos o nº do quarto e pedimos que nos acordassem se alguma chegasse. Era 1.30 da manhã, bateu-nos o guia à porta. Tudo escuro. Muita gente. Todos calados a seguirem as ordens do guia. Ameaça de chuva. O Pedro vai buscar os guardas chuvas. Um temporal horrível. “Ela” chegou. Procurou lugar e com as barbatanas, enormes, escavou cerca de 60cm de profundidade. Arrumou areia em volta e começou a desovar: 100 ovos: brancos, moles, redondos a caírem de enfiada no buraco. Nós molhados até aos ossos e o vento, a trovoada e a chuva a cortarem por todos os lados. Começou a tapar o buraco e nós fugimos para um duche quente (o 1º que tomei em Trinidad) e deitámo-nos. Dormi com uma manta fininha. O temporal continuou toda a noite. Ouviam-se os troncos que se partiam e caíam. Não houve hipótese de fotografias – só são permitidas pela madrugada quando ainda há tartarugas na praia a voltarem para o mar. Mas foi lindo, lindo de ver!

Voltámos no domingo.

Segunda fui à baixa e já se pressentia que a festa do dia seguinte seria para não esquecer. Em especial as mulheres muito bem vestidas e entoucadas.

TERÇA FEIRA:

Image and video hosting by TinyPic

8.45 na rua. Vesti-me com o melhor que trouxe, pois não queria fazer má figura. Indescritível. O Pedro com a digital, 114 fotos. Eu com a minha “pirosa”, 60 fotografias. Os fatos são lindíssimos. Os toucados um espanto. Há carrinhas com actores a cantarem, com bandas, com danças... Esgotados à frente da parada, o Pedro passa por jornalista devido à máquina(!!!). Eu sigo-o. Elas e eles deixam-se fotografar. Eles metem-se comigo. Um segura-me pela cintura e pergunta-me de onde vim. O Pedro aproxima-se – nada de especial.

Passam umas meninas todas negrinhas, a dançarem o “kuduro”. Danço com elas. Não esperavam que eu soubesse. Sou aplaudida pelas dançarinas e pelo público assistente. O Pedro de boca aberta. A Abdelys e a Maryann a rirem imenso.

Image and video hosting by TinyPic

As freiras e os padres, vestidos de branco e com faixas vermelhas na cintura, dançam ao som de cânticos de libertação. Descalçam-se para dançar melhor. Mostram os santos das bandeiras e fazem pose para a fotografia. É demais. Qualquer padre cristão português morreria de escândalo!

Image and video hosting by TinyPic

Em casa almoçamos e passamos a tarde em Maracas na praia. Às 22 adormeço de seguida até às 7.30 da manhã.


Beijos dos dois para todos.