quarta-feira, agosto 02, 2006

TRINIDAD III

Há tanta coisa para dizer, silenciar, ouvir e aprender a ver. Daí que a vinda ao blog seja complicada. Mais uma vez o meu filho tem sido incansável. É bem certo que quase sempre almoça em casa e raramente jantamos fora. Mas... por vezes acontece. Haja em vista o fim-de-semana passado e que alguns de vocês já reclamam para saber como foi.

Na sexta feira à noite fomos ao estádio. Iniciavam-se as comemorações da libertação dos escravos. Havia bandas (pan) e artistas. Gente vestida com fatos tradicionais. Mas o dia da comemoração era na terça-feira, dia 1 de Agosto.


Sábado:

O dia em Port of Spain não prometia, portanto partimos logo para Grande Riviere no intuito de apanhar praia e à noite ou de manhãzinha, termos a possibilidade de ver as tartarugas (nesta altura do ano já rareiam).

A auto-estrada tem semáforos. As filas são enormes. Conclusão: 1 hora para a auto-estrada. Saídos desta andamos muito tempo às curvas e mais curvas pela serra, passamos por aldeias com nomes engraçados (só para exemplificar – Rampanalgas), e a chuva sem parar. Chegamos. O hotel, em cima da praia, com um quarto e casa de banho engraçadíssimos.

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A chuva de quando em onde parava, mas sem grandes oportunidades de passeio. Estava FRESCO!!!! Mas passeava-se pela praia em fato de banho ou calções, com ou sem guarda chuva. Caminhando sozinha vi uma pequena tartaruga que procurava o mar – apenas uma. A certa altura, depois de termos comido o farnel que levávamos (a Céu talvez seja a que me entende melhor – sim, com pastéis de bacalhau), vimos um magote de gente. Aproximámo-nos: um ninho de tartarugas a furarem a areia e a “nadarem” para o mar. Perto de 50 e tais. Passado mais algum tempo novamente uma situação idêntica.

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Jantámos no restaurante do hotel – ao ar livre e em cima da praia. Informaram-nos que só deveriam vir uma ou duas tartarugas desovar. Já não era o tempo delas e nem sabiam dizer a que horas. Entretanto as autorizações compradas e a praia vedada. Esperámos muito tempo. Então dissemos o nº do quarto e pedimos que nos acordassem se alguma chegasse. Era 1.30 da manhã, bateu-nos o guia à porta. Tudo escuro. Muita gente. Todos calados a seguirem as ordens do guia. Ameaça de chuva. O Pedro vai buscar os guardas chuvas. Um temporal horrível. “Ela” chegou. Procurou lugar e com as barbatanas, enormes, escavou cerca de 60cm de profundidade. Arrumou areia em volta e começou a desovar: 100 ovos: brancos, moles, redondos a caírem de enfiada no buraco. Nós molhados até aos ossos e o vento, a trovoada e a chuva a cortarem por todos os lados. Começou a tapar o buraco e nós fugimos para um duche quente (o 1º que tomei em Trinidad) e deitámo-nos. Dormi com uma manta fininha. O temporal continuou toda a noite. Ouviam-se os troncos que se partiam e caíam. Não houve hipótese de fotografias – só são permitidas pela madrugada quando ainda há tartarugas na praia a voltarem para o mar. Mas foi lindo, lindo de ver!

Voltámos no domingo.

Segunda fui à baixa e já se pressentia que a festa do dia seguinte seria para não esquecer. Em especial as mulheres muito bem vestidas e entoucadas.

TERÇA FEIRA:

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8.45 na rua. Vesti-me com o melhor que trouxe, pois não queria fazer má figura. Indescritível. O Pedro com a digital, 114 fotos. Eu com a minha “pirosa”, 60 fotografias. Os fatos são lindíssimos. Os toucados um espanto. Há carrinhas com actores a cantarem, com bandas, com danças... Esgotados à frente da parada, o Pedro passa por jornalista devido à máquina(!!!). Eu sigo-o. Elas e eles deixam-se fotografar. Eles metem-se comigo. Um segura-me pela cintura e pergunta-me de onde vim. O Pedro aproxima-se – nada de especial.

Passam umas meninas todas negrinhas, a dançarem o “kuduro”. Danço com elas. Não esperavam que eu soubesse. Sou aplaudida pelas dançarinas e pelo público assistente. O Pedro de boca aberta. A Abdelys e a Maryann a rirem imenso.

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As freiras e os padres, vestidos de branco e com faixas vermelhas na cintura, dançam ao som de cânticos de libertação. Descalçam-se para dançar melhor. Mostram os santos das bandeiras e fazem pose para a fotografia. É demais. Qualquer padre cristão português morreria de escândalo!

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Em casa almoçamos e passamos a tarde em Maracas na praia. Às 22 adormeço de seguida até às 7.30 da manhã.


Beijos dos dois para todos.





5 Comentários:

Blogger DoCeu disse...

Ah ganda repórter!!!
Isto é (mesmo) de família :-)
Wish I was there too...
Beijinhos prós 2

2/8/06 20:54  
Blogger Maria Zezinha disse...

n me apetece comentar, mas é lindo de ler... um beijo para os dois. divirtam-se, sff

3/8/06 08:22  
Blogger InêsN disse...

muitos, muitos beijinhos!!

aproveitem bem...

6/8/06 16:06  
Blogger Lenore disse...

Não vejo a hora de estar em Havana, Santa Clara, Cienfuegos, Trinidad...E estou a ficar com agua na boca só de passear por aqui!

17/8/06 14:36  
Anonymous Anónimo disse...

Excellent, love it!
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30/11/06 19:20  

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