...
Acabei de chegar a casa. Vinha com vontade de escrever qualquer coisa. De brincar um pouco com a reunião com o presidente, de falar do último feriado na quarta feira passada (dia da Independência)...
Não sou capaz, depois do que acabei de ver frente à minha porta.
Estava a chegar a casa. Parei o carro e saí. Ouvi gritos de um Homem, e quando me virei já ele estava no chão. Três pessoas batiam-lhe com toda a raiva, primeiro no peito, depois na cabeça.
Pontapés, como vemos no telejornal, até o deixarem inanimado...
É hora de ponta. o trânsito está parado, mas ninguém sai do carro. As pessoas têm medo, e ninguém tem coragem para avançar.
Foram poucos segundos. Quando deixou de se mexer os outros indivíduos foram-se embora. Ficou estendido, enquanto o trânsito começava a circular. Só o segundo carro parou.
Chamei o 999 enquanto via outras pessoas fazer o mesmo, mas não fui capaz de mais.
Fugi para casa. Com medo do que acabei de ver, com um peso enorme por não ter feito nada. Não sei o que aconteceu, não sei o motivo, parecia um ajuste de contas. Injustificável seja como for.
Não sei o que poderia fazer mas não fui capaz de nada ao ver que ninguém reagia.
A violência no país tem aumentado e as pessoas sentem-se inseguras. Ninguém intervém com medo de represálias...
Não sou capaz, depois do que acabei de ver frente à minha porta.
Estava a chegar a casa. Parei o carro e saí. Ouvi gritos de um Homem, e quando me virei já ele estava no chão. Três pessoas batiam-lhe com toda a raiva, primeiro no peito, depois na cabeça.
Pontapés, como vemos no telejornal, até o deixarem inanimado...
É hora de ponta. o trânsito está parado, mas ninguém sai do carro. As pessoas têm medo, e ninguém tem coragem para avançar.
Foram poucos segundos. Quando deixou de se mexer os outros indivíduos foram-se embora. Ficou estendido, enquanto o trânsito começava a circular. Só o segundo carro parou.
Chamei o 999 enquanto via outras pessoas fazer o mesmo, mas não fui capaz de mais.
Fugi para casa. Com medo do que acabei de ver, com um peso enorme por não ter feito nada. Não sei o que aconteceu, não sei o motivo, parecia um ajuste de contas. Injustificável seja como for.
Não sei o que poderia fazer mas não fui capaz de nada ao ver que ninguém reagia.
A violência no país tem aumentado e as pessoas sentem-se inseguras. Ninguém intervém com medo de represálias...
E entretanto um homem foi agredido, e ninguém o ajudou...
colocado por Pedro às 17:52
4 Comentários:
Pedro:
não tens que te sentir da forma como estás. Reagiste como conseguiste. Vê se consegues ficar mais calmo e despeja toda a raiva que puderes. Seria perigoso actuares de outra forma, embora perceba o sentimento que deve estar a passar por ti. Não sei o que te dizer mais. Acho que te vou telefonar e já.
Vivemos num mundo cheio de injustiça. Calma filho e um beijo.
o mundo está cada vez mais violento! como combater essa violência? não sei pedrinho, talvez mantendo a nossa integridade e compaixão pelos que sofrem. pode parecer um "cliché" mas é só o que podemos fazer, quem sabe se assim conseguimos influenciar alguém, nem que seja só um bocadinho? mantem-te calmo querido. um beijinho grande da tia zezinha
Pedro
Não tens de sentir qualquer espécie de culpa por não teres podido fazer nada para ajudar o homem agredido. Fizeste o que era humanamente posível, chamaste a polícia .Infelizmente a nossa impotência perante uma situação como aquela que presenciaste, é total!E nem precisas de estar em Trinitad.Aqui,neste cantinho á beira-mar plantado,supostamente civilizado,há muitas situações de violência extrema,e na maioria das vezes também não podemos fazer nada!...Vivemos num mundo cão ,essa é a verdade.Beijinhos e tudo de bom para ti.Tia Fernanda
Pois eh, meu, embora Tia Fernanda diga - o q, infeliz/ eh inteira/ verdade... - q poderias ter presenciado identica cena no nosso suposto paihs de brandos costumes, a verdade que nestes outros paises se leva cada soco no estomago...
Mal acomparado, hoje parahmos num mirador na beira da estrada, sobre o Vale do Rift, para fazer um piquenique. Havia umas tendinhas de souvenirs. E, como nao tivessemos comprado nada, os vendedores assediaram-nos (on y soit!...), pedindo canetas para os filhos.
E eu que trouxe um carregamento de Bic's q ontem, na aldeia maasai, nao tive coragem de tirar do fundo na mochila (perguntando-me onde iriam as criancas escrever...), comecei ah procura delas, jah meia constrangida, por estar dar a adultos as prendinhas destinadas ahs criancas.
Nem parece meu, mas, como nao encontrava as canetas, comecei a esvaziar a mochila. Ali mesmo, ah frente deles, esquecendo-me de que cada para nohs banalissimo objecto podia, para eles, constituir uma agressao...
O que mais os interessou foi o estojo de 1.os socorros... Acabei a dar-lhes os pensos rapidos do dito, dp de, calculista/, me ter certificado de q a Marylight e a Nucha tb tinham trazido...
Mas fiquei com o parafuso a girar-me no estomago. Mundo cao, mm!... :-(
Bjs gds
Ceu
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