sábado, agosto 27, 2005

Ainda estou vivo

Não ando esquecido. A verdade é que não me tem apetecido nestes dias escrever.

A minha mãe esteve cá. regressou no Domingo passado. Tê-la cá foi muito, muito bom. Indescritível. Nestes quinzes dias tão curtos procurámos matar saudades. Há muitos anos que não tinha assim umas "férias" só com ela. Receava a chegada dela depois de tanto tempo sem nos vermos. Sabia também que ia estar a trabalhar e que por isso seriam umas "férias" bem diferentes, repartidas em passeios e emprego.
Correu tudo bem. Até a chuva (ou a falta dela) colaborou dando-nos dias únicos de sol, tão diferentes das chuvadas loucas dos últimos dias...
Falámos e divertimo-nos muito depois do "choque" do primeiro dia. Entre praias lindas, passeios, jantares fomos matando saudades de tantos meses longe. Confesso que não sabia bem o peso da distância, da decisão que tomei em deixar Portugal.

Mas o tempo voou depressa e no Domingo passado lá regressou ela. A separação foi complicada, mais do que quando saí de Portugal em Fevereiro. Talvez por já conhecer desta vez o sabor das despedidas, da separação que trazem...

Foi no aeroporto que me senti a quebrar, quando a vi atravessar as portas para o átrio das partidas.
Depois foi o regresso a casa. A Leen fazia anos, e a tarde que passámos todos na praia soube-me muito bem. Só saímos de lá quando já era noite, apenas para continuar a "festa" em casa deles.

Como soou a estranho acordar na segunda-feira seguinte e encontrar de novo a casa vazia, apenas uma cama desmanchada. Tão presente ainda a visita. Algumas coisas marcavam ainda com tanta força os dias em que aqui esteve.

Precisei de uns tempos para mim... para pôr de novo a minha vida em ordem, desta vez sozinho até Dezembro, pois a época das visitas terminou.
Aproveitei para ler. Terminei a História do Cerco de Lisboa (do Saramago), comecei a Memória das minhas putas tristes, do Gabriel García marquez.

Contrariando o que escrevi em cima... Apetece-me escrever. Mas continuo sem saber por onde quero começar .... ou o que quero dizer :)

8 Comentários:

Blogger InêsN disse...

um beijinho grande...

28/8/05 06:04  
Anonymous Anónimo disse...

um beijo e novamente obrigada pelo filho que reconheci nestas férias a dois.

28/8/05 07:40  
Anonymous Anónimo disse...

É um dos momentos mais tristes para um emigrante, a despedida. Quando voltamos a sentir o conforto da vida que deixámos para trás, mas só por uns dias... A vantagem, claro, é que aproveitamos esses dias muito mais, é tudo concentrado; sabemos dar-lhes (ainda mais) valor.

Um abraço

Mischa.

28/8/05 10:40  
Anonymous Anónimo disse...

Ah bem, até kenfim - tava a ver q este belogue tinha falecido! :-))
Bem-vindo de volta

Beijo grande
Céu

28/8/05 19:06  
Anonymous Anónimo disse...

e pronto!!! tinhas q regressar logo com tudo isso para uma "pobre tia velha" largar as lagrimitas do costume... a sério: foi mto bom ler e saber q estiveram assim tão bem. tenho a tua fotografia no escritório!!! logo q chego,mm sabendo q ainda dormes de certeza sentes o meu beijinho de bom dia:))))

29/8/05 05:17  
Anonymous Anónimo disse...

Olha, faço minhas as palavras da tua "pobre tia velha"! A lagrimita tentou romper...

Tens que nos prometer que o blog continua quando regressares "à Pátria", já não sabemos viver sem ele!

Bjiños da marylight

29/8/05 07:39  
Blogger JoaoN disse...

Olha olha, querem lá ver que está com o "bloqueio do escritor"??? :-)

29/8/05 09:07  
Anonymous Anónimo disse...

tia fernanda
mil beijos Pedro.Eu sei o que é estarmos longe de toda a família,sei também que nessas circunstâncias ,os amigos que fazemos longe de casa são um verdadeiro porto de abrigo e esses amigos juntamente com os que cá deixaste,que são muitos,fazem de ti um homem rico porque é a maior riqueza que podemos ter - a amizade.Vais conseguir ultrapassar todos os momentos de solidão !Bjos.

29/8/05 15:13  

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