terça-feira, agosto 16, 2005

Tobago

Depois de fim de semana prolongado quer para vocês como para nós (voltámos 2ª feira de Tobago) cá vão mais uns relatos da nossa aventura.

Saímos perto das 7 e pouco da manhã para o cais, pois o check-in é demorado e havia o problema do carro ter de embarcar. Explico melhor: trinis são tipo alentejanos de Amareleja quando têm 44º de temperatura no Verão; depois a cena do carro pode-se tornar dramática, dado que eles vão sempre aceitando os automóveis que entram e na hora da partida podem não caber todos, como verificámos na volta. Como somos pontuais cumprimos todos estes rituais (olha, fez verso!!!) e nunca tivemos problemas. Esperámos durante 2 horas – eu na gare e depois ao ar livre sentada numa cadeirinha e com uma cobertura de lona e o Pedro fora da gare, no parque, com o seu Honda Civic que é a marca que mais existe nas ilhas..

Finalmente, vindo de Tobago, chegava atrasado o barco que voltaria ao destino donde vinha. Espanto dos espantos: a população que esperava comigo levantou-se e começou a bater palmas. Só me lembrei das comemorações quando um barco é lançado ao mar pela 1ª vez, mas como não havia champanhe, achei que também podia ser a vinda de soldados das nossas ex-colónias, no cais de Alcântara, embora nunca tivesse assistido a nada destas cenas ao vivo. Depois de saírem os que estavam no barco e entrarem os que iam para Tobago, partimos com uma hora de atraso. Nada mau. Duas horas e quase meia de caminho. Neste meio tempo é que é ver os passageiros, em especial os indianos, “raparem” de suas caixas de comida e “lançarem-se” às mesmas como se não comessem há meses. E como não podia deixar de ser...PORCARIA que funcionário negro vai recolhendo para um saco de lixo.

Depois quase hora e meia para sair do cais. O Pedro dizia”...é mesmo assim mãe.”

E assim foi. Chegados à casa que tinha sido marcada, já não o era, pois no dizer do dono da mesma, a secretária marcara a casa sem olhar à agenda a outra família. “Calma! Nada que eu não esteja habituado a resolver” – dizia o enorme negro e dono, aos inquilinos temporários. E lá arranjou... um apartamento... que só contarei ao vivo.

Tobago como ilha é linda. A cidade, um nome que eu nunca consigo dizer – Scarborough – é simplesmente horrível e o Pedro diz que se lembra sempre da Charneca da Caparica devido à incontável profusão de anúncios que existem. Passeámos de barco, mergulhámos para ver peixes e recifes. O senhor que vendeu o bilhete ao Pedro, não lhe perguntou o nome e assentou no talão: “tall man”.

As praias são lindíssimas e não deixei de ir tomar banho a Pirate’s Bay não se desse o caso do João não perdoar ao irmão ou à própria mãe. Era já fim de tarde, por isso foi um mergulho, ver muito bem e voltar. 158 degraus para esquecer – a praia é mesmo lá no fundo, mesmo lá em baixo. De caminho o senhor do bar que nos vendeu uma garrafa de água, perguntou ao Pedro se eu era a sua “mummy” e quando ele respondeu que sim disse “she’s wonderful” – fiquei sem saber se ficar se voltar para Portugal; e ele ficou olhando até eu desaparecer, com os olhos mais doces que eu já vi – QUE LINDO!! Estava a falar a sério, não estava a gracejar. O meu filho até corou e sorriu imenso.

Ontem antes de voltarmos para Trinidad bebemos um expresso a valer num café dum italiano que vive em Tobago há 11 anos. Como eu gosto: com naperonzinho, e um “petit chocolat” no pires. Saboreámo-lo muito bem, pois os trinis não bebem café como nós. Também é raro ver alguém fumar!

Dado que as descrições de paisagens, edifícios e gentes têm sido muitas, desta vez mandamos antes dois exemplares portugueses (únicos) que já são património das ilhas, visto um deles ter mais de meio século e o outro mais de um quarto de século.

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Temos falado muito, temo-nos divertido e passeado muito e mais que tudo temos rido, rido, rido muito. O tempo da minha partida aproxima-se, mas foi muito bom. Penso que as saudades agora ainda vão ser maiores ou então sentidas de uma forma diferente. Tem sido muito bom para os dois esta vivência. Mas... do outro lado do mar espera-me o meu João. Como é difícil partilhar estas distâncias!!

Beijos a todos, não esquecendo os sobrinhos adoptivos.

8 Comentários:

Blogger Goncalo Boavida disse...

Está aqui está a poder fazer parte do blogue dos emigrantes :)

16/8/05 19:43  
Anonymous Anónimo disse...

Oh wonderful prima, ñ queres lá ver que ainda casas e vais viver para Tobago?!!!

Encontrei o João no metro, ñ sabia de cor qd voltava a da burkha. É a 21 ou 22?

Bjs e aproveitem bem o resto
Céu

17/8/05 02:26  
Blogger InêsN disse...

os vossos sorrisos na foto dizem tudo...
:o)
beijinhos!!

17/8/05 07:25  
Blogger JoaoN disse...

Com as descrições da mãe a não ficarem atrás das do filho, o Gonçalo Cadilhe que se ponha a pau - sai LIVRO!!! :-D

17/8/05 08:46  
Blogger Zozô disse...

Parabéns pelo blog.
Para além de relatos fantásticos da vida nessas ilhas, os mais recentes passeios de mãe e filho são de uma ternura imensa.
Bjnhs.

17/8/05 09:36  
Blogger Maria Zezinha disse...

ai, ai ai, n querem lá ver q fico com irmã e sobrinho em trinidad????!!!!
que "sacrificio" ter q os ir ver de vez em quando..., mas será q sou só eu que fico com saudades ou mais alguém? :-)))))

17/8/05 10:57  
Blogger Maria Zezinha disse...

bom desta vez é a sério! tás contratada para um novo blogue quando regressares! quem apoia a proposta?

17/8/05 11:01  
Anonymous Anónimo disse...

>tás contratada para um novo blogue quando regressares! quem apoia a proposta?

Por mim, bamo nessa!!!
Mas tu ñ sabes q a gaja "atêma" q nan gosta de internéti?!!!
Céu

18/8/05 17:04  

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