segunda-feira, junho 20, 2005

Línguas

Nunca pensei, quando vim para Trinidad, conhecer tanta gente vinda de sítios tão diferentes. Claro que existem os Trinis (muitos), mas depois há também:

Venezuelanos
alemães
Holandeses
Americanos
Ingleses
Belgas
Brasileiros
Mexicanos
Canadianos
Espanhóis
...
...

Já perdi a conta...

Nestes encontros predominam 3 línguas, o Inglês, o Castelhano, e o Flamengo/Holandês...
Jantares, Bares... É rara a saída em que não haja um pouco de cada uma. E como se tornam loucos e agradavelmente interessantes estes momentos.
As conversas desenvolvem-se sempre como uma troca de culturas e experiências vividas por este mundo feito de pessoas.
No barulho lembram-me uma torre de Babel onde todas as palavras se misturam num vendaval de sons distintos. Começamos a falar em Inglês (sempre) mas rapidamente deixamos a nossa língua soltar-se. Como é frequente falar com venezuelanos em Português, ao mesmo tempo que os oiço em castelhano. Sigo conversas em holândes e Alemão das quais não percebo uma palavra, e respondo na minha língua para os baralhar ainda mais.
Depois "brincamos" com os países dos outros, com as línguas, defendendo sempre os "nossos".

Sobretudo fica sempre a sensação de um alargamento de horizontes e ideias. Aproximamo-nos de pessoas tão diferentes, conhecemos outras vivências. Tornamo-nos mais tolerantes. Na mistura de sensações e opiniões acabamos sempre a noite com a imagem de ter passado por um conjunto de países, lugares que antes não conhecíamos.

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