João

De regresso, depois de quase um mês sem por aqui passar...

Tive uma visita, o João, que entretanto já regressou. Agora sou de novo "apenas" eu por aqui...
Já sei que quando tenho alguém cá todo o meu ritmo se altera completamente :)

Começa alguns dias antes, com a ansiedade a misturar-se com telefonemas mais práticos...
Faço reservas e volto a abrir os livros de turismo. Onde é que ainda não fomos? Que sítios ainda não lhe mostrei?

Depois é o dia da chegada que parece nunca mais chegar, e quando chega... o avião atrasa.
aterra.
E mais duas horas primeiro que saia alguém...


Mas enfim, chega, e a sensação que fica é a de nos termos visto ontem. Como se Dezembro ainda aqui estivesse tão perto.

O ano passado veio em Março, e eu estava cá há pouco mais do que dois meses. Trinidad era para mim um vazio absoluto. Uma ilha impressa no mapa e da qual só conhecia o primeiro capítulo.

Mudava-me pela primeira vez para a minha casa. Que corrida tão grande para a ter pronta antes da chegada do meu irmão...
Ficou. Mais ou menos... :)

Foram férias a olhar para um mapa e a fazer perguntas. Como se vai para aqui... Onde fica isto. E só quem esteve em Trinidad percebe como isto implica estar preparado para tudo.
É que indicações, aqui toda a gente as dá. Por vezes autênticos romances de curva e contracurva, virar nos semáforos, subir a colina e sair no segundo cruzamento...
O único senão é que 90% das vezes estão erradas.

Perdemos tempo... imenso dum lado para o outro, a tentar adivinhar como nos mexer neste país. Foi com o joão que tive a oportunidade de passear por Trinidad pela primeira vez, sentido que ia de férias para o estrangeiro. E pelo meio lá tínhamos que passar por um supermercado, uma loja de electrodomésticos, etc... porque a casa estava vazia.

Este ano quis que fosse diferente.

Não houve passeio turístico a Tobago, pois já conhecíamos. Resolvi então levá-lo para o "fim-do-mundo", que é como quem diz qualquer um dos extremos da ilha, com conduções de pelo menos 3 horas...

Primeiro foi Grande-Riviere, com hotel marcado :)
Já escrevi sobre esta praia no norte, a tal onde fui espreitar as tartarugas pequenas que nasciam aquecidas pelo sol da tarde. Mas tal só acontece a partir de Maio. Por enquanto é tempo de ver as mães chegar à praia. Imensas, enormes.
Claro que fizemos a visita guiada à noite. Não me canso de as ver. Mas é pela madrugada, quando o sol surge de novo que se percebe verdadeiramente a imponência destas tartarugas de casca mole.
Lindas.

E como "bónus", ainda tivemos direito a um morcego e uma tarântula no quarto!

Depois seguimos para Mayaro, desta vez com companhia... e mais tarântulas...
O ano passado nunca tivémos a possibilidade de estar com as pessoas que aqui conheci... desencontros.
Por isso também a mim soube bem poder dar-lhe a conhecer as pessoas que se tornaram aqui parte da minha vida. Segunda família.

Pitch Lake, Icacos, Waterloo... foram alguns dos outros lugares por onde andámos. Quase tudo no sul da ilha, a parte que nunca lhe tinha mostrado.
Foram dias bem mais sossegados que os do ano passado. Ter aprendido nestes meses a mexer-me nesta ilha também me permitiu organizar tudo de modo diferente, mais seguro.

Por fim vieram os meus anos, e a véspera da partida.
Porque a visita era a minha "prenda"!

Houve festa. Primeiro no atelier com direito a bolo e gelado. Depois em casa com um jantar que resolvemos organizar para toda a gente!
E eu que não costumo fazer festa, este ano "rendi-me".

Na madrugada seguinte conduzia para o aeroporto.
De novo tudo aperta. Porque são sempre passageiras as visitas. Boas... curtas.

Volto a ser só eu, guardando dias óptimos em mim.
Dias em que voltámos a estar juntos, conversando sem um "messenger" pelo meio.
Uma ligação que cresce de novo.

Saudades...

...

E porque a vida não pára em trinidad...
Deixo aos curiosos (só para pôr uma "pontinha" de inveja) um link... http://www.padi.com/

:)

A inscrição já está feita! E o próximo sábado que nunca mais chega...