Gargas Tropical

sexta-feira, junho 09, 2006

Mundial

Pois... nao tenham duvidas...
E este o ambiente :)

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(nao, a foto nao e minha)

E agora...
Pausa no blog, por uns dias.


p.s. desculpem a falta de acentos...

sábado, junho 03, 2006

Goiabas

Espreiro a minha árvore
Uma goiaba enfim :)
Amarela, tão pronta para ser colhida!
Procuro entre as folhas...
Tantas. Verdes ainda, mas a crescer.
Não é ilusão... estão maiores!

Só mais uns dias... poucos!

:)

sexta-feira, junho 02, 2006

Dias rápidos

Dias que passam a um ritmo vertiginoso. Como se o tempo perdesse os travões e seguisse numa corrida descontrolada. Onde parará?

O curso de mergulho, ainda “ontem” iniciado já terminou. Foi rápido... Tão rápido que gostava de poder estar ainda no início.
É bom descer devagar como se suspenso por fios. Escorregar na água e ver o fundo aproximar-se aos poucos. É rápido e ao mesmo tempo suave o tempo que demoramos até tocar na areia a 10, 12 metros de profundidade. Olho para cima... mas já não há superfície. Apenas uma cor verde transparente que se prolonga num infinito que não consigo fixar, e as bolhas que insistem em se soltar e seguir sempre o mesmo caminho. Vertical.

Agora estou num mundo de câmara lenta para o qual fui treinado. Pela primeira vez consigo descontrair completamente e esquecer-me que dependo de uma máquina. Vejo a areia levantar-se quando as barbatanas tocam o chão e ajusto a flutuabilidade para poder pairar a pouco mais que alguns centímetros do fundo. E avanço.

As aulas confinadas já passaram e é a 20 metros que descemos, o limite para o curso que tirei. Os exercícios, obrigatórios, ocupam uma parte curta da lição sendo o resto do tempo utilizado para verdadeiros passeios aquáticos onde tudo pode ser uma pequena surpresa.

A paisagem, tão diferente da exterior e terrestre é um desafio aos sentidos, obrigando-me constantemente a repensar o meu lugar. Tenho que ser “peixe” e nadar. Evitar tocar. Rodear apenas.

Olho... mas tudo é novo. As cores, as formas. Os peixes.
Vejo seres imensos à minha frente. Mexem depressa mas não assustam. São golfinhos a brincar. Seguiram-nos no barco e vêm dizer olá.
Na areia pequenas aranhas e “pepinos” do mar.
Milhares de peixes pequeninos que nos atropelam... outros mais sossegados e coloridos que mantém alguma distância.

Um peixe rocha... definitivamente a precisar de um lifting e um peixe gato a evitar.
Estrelas do mar, algumas tão enleadas que mais parecem um novelo de lã e lagostas.
Indescritível a variedade. As cores. E a descoberta de que é possível estar tão perto de toda esta vida.
Criaturas dóceis que pouco dão pela nossa presença e permitem uma aproximação quase que impensável noutros meios.

E depois claro, os corais, as pedras. Autênticas muralhas que escalamos sem esforço. Rochas enormes que se deixam habitar por florestas de cabelos brancos e taças coloridas.
Mundos imensos onde habitam outros seres ainda mais pequenos...
Lugares que me são permitidos espreitar e me mostram como tanto desta terra permanece desconhecida e estará sempre tão longe do nosso olhar.

Quero continuar. Mergulhar mais.
Ganhar confiança num meio que ainda me é tão novo e ao mesmo tempo já tão desejado.
Para já Trinidad, mas definitivamente quero conhecer Tobago e os bancos de coral que esconde :)

...

O tempo voa

... e de novo esta sensação presente de uma partida tão próxima. Conversas, preparativos constantes e cada dia mais minuciosos.
Organizam-se despedidas, “arrumam-se” malas. Entre o desejo de partir e a vontade de ficar observo a Leen e o Jannes envolvidos numa rotina nova. Mudança tão grande.
Cinco anos fora de casa, o regresso a um mês apenas.
A consciência de uma vida que desconhecem ainda, o confronto com uma realidade distante há tanto tempo.

E as saudades.
De uma terra onde estiveram tanto tempo, de pessoas que se tornaram quase que família mas que ficam agora para trás.
Correntes que se quebram para permitirem um novo começo.

Ao mesmo tempo outras chegadas. Três arquitectos e tão pouco tempo para preparar tudo.

...

Junho. Já.

É sexta-feira... uma semana apenas e a Nídia chega.
Em mim um turbilhão de sensações.
A certeza apenas de dias únicos, uma vontade imensa de rir.